Simbora mais eu, chegou a hora Pois vim de longe, vou me apresentar Simbora mais eu, se avexe, não! Vem, Mancha Verde brotar no meu sertão A Mancha é o Verde que brota no meu sertão Sou o Xaxado, danado de bom De Serra Talhada de calangos, carcarás Dança, arretado, arretada Pra mode, essa gente, arrepiar Pelo chão da caatinga, desabrochei Feito mandacaru, macambira, xique-xique Arrochado, desfilei Sob nuvem de poeira e céu de Sol a pique Ói só, cumé que é: O corta-jaca, o ataque e defesa Pé pra lá, pé pra cá, pé pra lá, pé pra cá De chapéu de couro, lenço, cartucheira Arrasta alpercata inté a terra chiar Mexe, remexe é dança de guerra Mexe, remexe é rifle na mão Só não mexe com Maria Bonita Ou vai se ver com Lampião Mexe, remexe a muié na dança Mexe, remexe o cangaço, agita Só não mexe com Lampião Ou vai se ver com Maria Bonita Todo brasileiro de nordestino é herdeiro Povo abençoado pelo Padim Ciço Povo retratado pelo Mestre Vitalino Versado em cordel (tal esse samba) nas pelejas do destino Eta, Nordeste! Que mal cabe em meu peito Do Rei do Baião, Coruja, Assisão, Rainha Marinês Toca esse forró, Puro Balanço Coração-zabumba, bate-xote, saudade Xero procês