Um canto no terreiro ecoou Toque de alujá no couro do tambor Na serra a falange reunida Uma cena tão bonita ao receber o grande obá Oferendas, alfazema, benjoim Um cheiro de alecrim e na gamela um amalá Pra evocar o guerreiro de oyó Ogunhê! É sua força pra vencer tantos dragões Eparrey! O vento sopra e acalanta corações A luz de candeia ilumina O dom de cantar enobrece Um banjo, uma guia, uma prece Sambista perfeito pro meu carnaval Floresce no fundo do nosso quintal Um samba de amor tão lindo O bem ilumina o sorriso Da filha de oxumarê que se apaixonou Por um filho de xangô Compositor, malandro, suburbano Mensageiro do sagrado e do profano Por becos e vielas Semeou as melodias que ao mundo cativou Foi tão divino ver a festa no arraiá Ando louco de saudade pra te encontrar Versando no Império Serrano à luz do luar Cantando em forma de oração De Jorge um fiel peregrino Todo caminho me leva aos lugares de Arlindo Madureira Uma ginga em cada andar Madureira, Serrinha No toque do agogô mareja o meu olhar Te vendo desfilar