Hoje, o perfume que exala no ar São das guerreiras Lugar de mulher é onde quiser Chegou o reizinho de Madureira Surgiu No início da nova era As mulheres dessa terra a lutar Serrinha, onde ecoam os tambores do jongo A cultura no morro serrano Semeada em meu hábitat Na casa da tia Eulália Pintou a bandeira de um povo imperador Nascia o Império Serrano Flores no jardim Desabrocham em verde e branco A madre na fé acreditou Aos invasores a índia não sucumbiu Dandara, o grito em palmares Tereza, o parlamento assim surgiu As heroínas de Tejucupapo Na batalha expulsaram os holandeses do Brasil Pátria idolatrada mãe gentil Sonharam as mãos de quem lutou Desejo libertador E no revirar de sua história O moderna entra em cena, a real evolução Nas ruas, nos lares, uma comoção Quebrando tabus da religião A mulher diabo buscando igualdade Ao índio direito à aprendizagem Viva! Da chama da vida acende a esperança Seja progressista nas suas andanças No palco as estrelas vão sempre brilhar Termino essa prosa com esse cantar