Axé… Meu tambor ressoou lá na aldeia Acende a luz que encandeia Desperta o caboclo da mata Exto! Maromba xeto! Pedra preta incorpora e vem sambar Saravá! “Joãozinho da Goméia” Clareia… Didinha! Conduz seu destino Visões devaneios e o som do menino! Bahia sagrada que revelou No chão que foi “salvador” Pelas mãos de jubiabá Xirê na corte dos orixás Iaôs em rituais, axoxô e aluá Okê arô oxóssi… Abre os caminhos nos braços do redentor Okê arô oxóssi… Fez na Baixada, morada do caçador Brulhou a alma do artista João, vedete, sambista Destaque no “império” do carnaval No palco, o legado… Seu afro-ballet Admirado zelador da fé Pra sempre “coroado” o “rei do candomblé” As festas no arraial, no seu terreiro a magia Quem sabe a gente vai reviver um dia! Eparrei! Oyá… “relampejô”! “trovejô”! Na ventania! Eparrei! Oyá… Mukuiu! Kiua! Tata londirá! É quilombo é… Resistência Sou a voz da grande rio, sou Caxias Ê meu direito, respeita o meu orixá O preconceito, não vai me calar!