Meu filho, somos uma só luz A crença conduz as religiões Se a consciência vence a ganância Combate a ignorância na força das orações Em teu rosto, reflete uma candeia Partilhando a santa ceia do negro salvador Ôôô... Divina mãe, tanto carinho que invade Faz que todo ódio se acabe Não macule a cruz perante a dor Graça é calar a guerra Ver brotar a paz por toda terra É abraçar o irmão e acabar com o rancor O preconceito não vence o amor Me vejo nas calçadas, pelas ruas Em tupã da pele nua e na fé de Calcutá Correndo risco pelas mãos de um falso Cristo Mesmo assim resisto, por um novo Xangri-lá Eu sei, eu sei… Um novo tempo nos espera, eu sei Sem maldade, sem miséria, onde ecoa o perdão! Me encontre na beleza mais singela E na reza sincera que reluz em devoção Sou Javé, sou alá... Axé de Obatalá Vivo em francisco, em são Jorge no congá Em nome do pai... Sou gavião Meu samba é uma prece, é religião No coração fiel à fé vai além Amém, amém!