Hoje mesmo eu acordei mais cedo Abri a mente pra não sentir medo Quem me importam os anéis dos dedos Se a hipotermia me fez ser de gelo Quem se importa com o que há na floresta Só se importam com o que tem nas celas Fujam todos, sebo nas canelas Eu vou testar a janela pra ver o que resta Nos perdemos ou nunca achamos Tô contando com o passar dos anos Troquei de panos, troquei de manos Mas não troquei de pele pra não ser tirano Tá tirando, irmão? Arruma um vício Nessas horas que eu mostro o que é isso Ser selvagem é bem mais que ser bicho É só tu ser omisso com seu sacrifício De que vale a onça na carteira Tão se achando com a carta na manga Tão queimando a amazônia inteira E perguntando o que cê quer pra janta Quem me vê fazer dessa maneira Me pergunta de que adianta Eu fechei meu corpo, reza inteira Hoje eu vejo que é a alma quem canta Vai tomar vergonha nessa cara garota Dia lindo, céu azul e tu largadona É que ontem tava foda, vida mundana Às vezes tô suave de querer ser my wonder Ansiedade tá pra quem não ouve o que fala Hoje me contaram que tudo tem sua estrada Cada linha curva na beira da madrugada Túnicas tecidas, fumaça patriarcada Enquanto o clichê dominar a minha mente Enquanto em você não houver pavio no pente Vou dormir pra quê solitária insistente Um salve no beck, pro espelho, olho de frente