Eu vi as ondas se formarem na cabeça da ideia Eu vi a luz que entra pela fresta da sua janela E as marés que a Lua inventa movimentam nossa preza E tudo isso se encontrava mesmo quando eu não estava E são as águas, as estradas, são os ventos e os sóis Que colorem os vestígios da sua mágoa e do meu mal E é a voz do horizonte que sustenta esse paiol E meu capricho, meu semblante, o reinício e um sinal De mim a vida espera e ela eu não pude esperar E as manhãs aqui estavam quando eu mesmo adormecido Esquecido por um trago, por um rasgo nesse sítio Esquisito eu reinvento a pedra, a perda, o ouro e o vício Espelha-se o universo os canto sujo da tua mente Entre as queixas saturadas e as ideias corroídas A memória da ferida faz visita, é estriquinina E eu vi as ondas se perderem nas ideias da cabeça Cantei Encabulado pelo caos Inebriado no amanhã Entre a normose a sensação Cantei Inebriado pelo caos Encabulado no amanhã Depois do luto a sensação Eu vim só E aqui voltei Sem lembrar de mim Eu vim Sol E agora eu sei Eu voltei enfim Eu voltei pra mim