Quantas vezes o pai lhe dizia: Menina te arreda pro teu lugar Sem saber que acordava a menina Do sono tranquilo do seu tear Foi num dia de festa e sol Na safra branca do algodão De repente um tal rapaz Em seu cavalo alazão Moça nova com seus quase 15 de vida E séculos de prisão Todo pai por ali é senhor de donzelas E dono da região Era um dia de festa e sol O dia em que aconteceu O olhar de menina só E o vale todo estremeceu Essa gente do vale conhece o destino Na palma da mão São ciganos pastores São salteadores de crime e perdão E é por isso que hoje Ainda celebram a festa e o pão Tem menina de sobra E muito moço valentão Essa gente do vale conhece o destino Na palma da mão São ciganos pastores Saõ salteadores de crime e perdão E é por isso que hoje Ainda celebram a festa e o pão Tem menina de sobra E muito moço valentão A primeira menina que rompeu o cerco Mudou toda tradição Mercadores de seda que chegam no vale Têm vinho, mulher e pão Todo dia de festa e sol Na safra branca do algodão É mais uma que enterra ali O corpo e o coração