1973 - Maysa. Adeus, eu vou, sem lugar, sem país, Estranho sou, nesse mundo feliz. (Refrão) Ah! Meu olhar na vidraça ficou. Eu voltei e ninguém percebeu Que o relógio do hall descansou. A cortina, o abat-jour, uma vida Se foi sem adeus. Do meu corpo, meu terno sem cor, Vejo quadros, antigos salões Apagados no pó que restou. Uma herança, um fim. Peço a benção meu pai, que eu já vou, Sem saber meu lugar, meu país. Estranho sou, nesse mundo feliz. Mágoa, de onde vem essa mágoa?, mágoa... Tento aprender uma estrada, a mulher convidada O abrigo, a chegada, a verdade sem dor... Chora, no teu som tudo chora, chora, Sempre que tua força vai embora, Vê que a morte é o começo (Sem velório, sem terço) De uma voz que falou: Adeus, eu vou... (Refrão) Ah! O segredo das mãos que toquei, O misterio do choro que eu vi, O passado, um presente levou E eu nem percebi: Que uma vida nasceu de um adeus Que ficou na distante mansão. Onde o mundo antigo guardou A verdade que eu não conheci. Meu caminho é um só, digo adeus a meu pai, Que eu já vou sem saber meu lugar, meu país: Estranho sou nesse mundo feliz... ..... Letra enviada por RUY MAURITY, a LAURO SOARES DE ALVARENGA, que a dedica aos Pais de ambos.