Um dia um vampiro atrevido Foi de súbito atraído Queria beber muito sangue Grunhindo caninos feito navalha Já cansado da empregada Na Vila Mimosa atacava E aí mal chegou pegou uma dama Dizendo ser cabra macho Vou quebrar você na cama Então um segurança invocado Interpelou o safado, Num alvoroço danado O cara tava era tarado A turma toda agitada gritava Chama os “home” do distrito Esse vai levar porrada E logo o vampiro meliante Foi autuado em flagrante Quando ecoou sua risada Bem perto um cara gritava ação Dizendo, é uma exclusiva Eu sou da televisão Close foca no canino dele Concentra nos olhos vermelhos Bota o cara no caixão E aí o vadio com moral Dizendo ser imortal Cobrava direito autoral Foi logo fazendo novela das sete Foi comedor de gilete Virando tremenda atração Agora só freqüenta o Leblon Dizendo ser muito fashion Ouvindo um tremendo som Que sangue só toma agora sangria E se previne da AIDS Usa sempre camisinha Saudoso fala dos seus ancestrais Virgens de todas matizes Dos tempos imemoriais São lindas donzelas de fino trato Aí que saudade relembra Eram vampiros de fato Esse vampiro é um barato