Há muito tempo eu vivo vagando Sou feito um bicho, quase ser humano Eu tenho espinhos no dedo mindinho É de pedra o meu caminho É de vinho esse meu sangue Talvez estrela quando estou mutante Fera ferida olhando pro horizonte Às vezes triste eu fico pensando Morro de felicidade quando estou distante Espelho falso quando me reflito No infinito, sempre me apavoro Quando me embrenho nessa selva grito Quando me escondo, sinto, vibro e choro E toda vez que essa certeza brota Me vêm o tom e dom de saber Sopro divino que me bate à porta E me deixa morta de tanto prazer