Eu não sei que estavas tu à espera Eu não sei que raio trouxe o teu corpo aqui Na minha casa há um estranho mexendo nas gavetas e eu Conheço-o de o ver, concebo o dever de o esquecer Amanhã Mas não tem mal Que sabes tu do que eu estava à espera? Nem eu sei, não queria vasculhar a tua vida Mas acho que é do Sol da primavera É do Sol Deve ser do Sol da primavera Eu não quis, não era eu Acho que é do Sol da primavera Eu não quis, não era eu Deve ser do Sol da primavera Amanhã será um belo de um dia Já nem sei se foi tão mau assim esperarmos toda a vida Fui rindo enquanto estava à espera, na eminência Achando sempre que o amor é uma doce evidência Havendo luz, decerto tem de haver alguma sombra Na contraluz Tu continuas a ver, a ver o que eu estaria à espera Mas eu não vim cá traçar só mais um visto nos meus planos Mas devo ter olhado dessa forma É do Sol Deve ser do Sol da primavera Eu não quis, não era eu Acho que é do Sol da primavera Eu não quis, não era eu Deve ser do Sol da primavera Sobre aquele assunto d'outro dia Eu estava de regresso, a sala escura, guiado por um copo Falando que eu devia confessar-te o que eu sentia Mas eu não me arrependo de um minuto desse dia Agora que eu regresso à ala clara Com isso eu só aprendo, e agora, então relendo, eu confesso Eu sabia bem o que fazia É do Sol Deve ser do Sol da primavera Eu não quis, não era eu Acho que é do Sol da primavera Eu não quis, não era eu Deve ser do Sol da primavera