Nossos beijos proibidos tinham sido descobertos O que o peito achava certo, pros demais, não foi assim E ainda se não bastassem, tantos olhares de vigília Veio um moço de família pra tomar ela de mim Havia um cheiro de adeus pairando no meu ranchito E um sofrer infinito que não desejo a ninguem Até que um chasque moreno deu vida aos planos da gente E um naco de ousadia revigorou a semente Botei os sonhos na estrada, pelas patas da rosilha Deixei pra trás a tropilha pra fugir com a minha amada Pois nunca conseguiria fugir do arrependimento De perdê-la, assim no mais, já no primeiro tormento E na ponta do cabresto, levava um zaino crioulo E dentro d'ama o consolo, pecar pelo coração E um lotezinho de cismas que nascem de um sonhador Será que Deus perdoa quem rouba seu grande amor O céu, prenunciando a chuva, me fez crer por um momento Que até o senhor do tempo também tava contra nós Já nem sabia por certo, se estaria à minah espera Ou se o medo de partir vencera suas quimeras As léguas foram findandoe nem sinal da morena Apenas ânsias e penas apareceram por lá Enquanto a voz do silêncio, já me mandava voltar Um resto de esperança tombava do meu olhar Foi quando a linda surgiu, tal fosse uma visagem Se misturando à paisagem que a primavera bordava Sorrisos enluarados luziram a tarde calma E um beijo incandescente ressucitou minha alma E partimos, lado a lado, pras bandas desse fundão Vassalos de coração, o conselheiro maior E hoje sei, com certeza, das alegrias a três Frente aos olhos da paixão o impossível não tem vez