A querência se revela bem maior do se sente Cabe num olhar da janela porém se faz continente Mesmo a gente longe dela ela está sempre presente Pois a gente mora nela mas ela vive na gente Quando a gente se desgarra por paisagens diferentes E iludido nem repara que leva junto a semente Basta ouvir uma guitarra ver o rio no sol poente Que a querência se declara e toma posse da gente Não sei de qualquer distância capaz de tornar ausente O que vive na lembrança e se surge de repente Pois depois de mil andanças não há exílio que aguente Quando a querência reclama o seu território na gente