A cabeça cheia de algo passageiro O coração vazio Como um bar fechando na madrugada Quase manha cadeiras vazias viradas Outras ocupadas, mas quase ninguém Mesmo vazias garrafas sobre as mesas De quem vê o que não acontece, mas imagina acontecer Como um bar fechando na madrugada Dentro do próprio mundo ficção de quem espera Utopia de quem alcança Degraus que levam aquela passagem Que mostram as imagens na solitária tela Como um bar fechando na madrugada Na madrugada Difícil mas possível Durante toda estada De algo grande e complexo Que habita por pouco tempo As várias situações andando como nuvens Despistando atenções e movendo ficções Como um bar fechando na madrugada Na madrugada