A cama está sempre deitada A mala chegando ou partindo A cadeira espera sentada Mas o travesseiro dormindo O livro me conta uma história O sapato engole o meu pé Enquanto o relógio faz hora O coador vai e bebe o café O terno vai ao casamento Enquanto o calção vai jogar A janela, a todo momento Fica olhando a rua passar O varal, vestido de roupa Não sai e nem vai passear A panela abrindo sua boca Com fome, quer sempre almoçar O fogão está sempre com febre O "freezer" a se resfriar E ligeira como uma lebre É a máquina de costurar Enquanto ele fala de tudo O tal telefone informal Coitado do criado-mudo Não pode cantar no coral Coitado do criado-mudo Não pode cantar no coral No coral