Não permita, deus, que eu morra Sem ter visto a terra toda Sem tocar tudo o que existe Não permita, deus, Que eu morra triste Dê-me a graça De viajar de graça Por essa esfera afora De virar uma linda senhora Uma linda lenda Cantar cada fio da renda Tecer cada cacho De cabelo de anjo Transformá-lo num bonito arranjo Da mais bela canção Não permita, deus, que eu me vá Sem sorver esse guaraná Sem espalhar meu fogo brando E acalmar a brasa do mundo E aquecer mais uma vez O coração do universo Nas contas do meu terço Nas cordas do meu violão