Nas costas as marcas dos chicotes que batem na alma que sangra de dor Atrás da lei áurea que livre os pobres de ratos que usam homens de valor Navio negreiro balança trazendo mais um novo trabalhador Que faz da esperança o sangue que jorra das mãos do político Não nascemos pra ser explorados. somos obra do criador Não nascemos pra ser explorados. nosso pai é o dono do mundo Metalúrgico, gari, cobrador de ônibus ou professor. Bóias-frias em nome do santo, ou do santo capitalismo. Muitos se calam e abalam o nome da humana justiça, Mas quando é divina, elimina conveniências egoístas Lembro agora mesmo da voz profética que não se cala: O profeta é a pimenta do planeta: Pimenta malagueta!