A chaga aberta Esmolando na rua Mutilada ferida Que não tem mais cura. Enfermidade e loucura Finalmente acaba Só sinto o alívio Quando a morte me abraça. Eu não preciso Do oratório Viver na terra Foi meu purgatório. Minha carcaça vira Banquete para vermes Eu só espero que alguém me enterre. Mais um indigente será sepultado Olhos e vísceras serão devorados A um monte de ossos serei reduzido Na cova fria serei esquecido. Meu julgamento já está marcado Mas eu já sei que serei condenado Não me perdoaram pelos meus pecados Nem pelos meus erros mas, eu nunca estive errado. Com meu sofrimento eu já paguei Por ódio e vingança retornarei.