Deixe eu ir buscar a lua, e o sertão que ficou lá O terreiro, o pé de amora, e trazer tudo pra cá Quero ver nos edifícios, cordilheira colossal E na rua de asfalto, o riozinho do quintal Isto tudo é "Faz de Conta", faz de conta que eu não vim E nas asas da saudade, vou buscar tudo pra mim Faz de conta que a avenida, onde passa multidões É a boiada caminhando, nas estradas dos sertões A fumaça da cidade, fazendo poluição Faz de conta que é neblina, a dormir no baixadão Pior é que tudo isto, eu sei que não é verdade Minha alma está no sertão, e o meu corpo na cidade