Como aquilo que não aterrisa Aquilo que não toca o chão É o que não descansa na margem Não, não descansa E como entrar no rio? Eu sinto e digo Que às vezes rola um desespero Você me diz que sempre, sempre dá pé E eu insisto: Às vezes não, às vezes É como aquilo que já não respira Aquilo que não tem razão É o que não estanca a engrenagem Não, não estanca E como sair do rio? Eu sinto e digo Que às vezes rola um desespero E você me diz que sempre, sempre dá pé Mesmo que seja Com um monte de água em volta Eu imagino guelras Ela me ajuda a mudar o pensamento Como aquilo que já não respira Aquilo que não toca o chão É o que não estanca a engrenagem Não, não descansa