Cai a tarde lenta e calma Cobrindo o verde das serras O vento alegre balança Os frutos da nossa terra Sertanejo na viola Repica o destino seu O mundo está mudado O homem foi transformado Só quem não mudou foi Deus Vem a noite lentamente E no negrume do seu manto Sertanejo e seus mistérios Com seus versos e seus cantos Passa a brisa vem a aurora E um novo dia vem No repique da viola Sertanejo se consola Porque Deus virá também De uma simples semente Nasce tanta alegria Os frutos da nossa mesa E o pão de cada dia Nasce os sonhos do matuto Sem maldade e sem inveja E o sertão inteiro entende Quando ouve o som dolente Da viola sertaneja