Aqui estou de novo a sós Com minhas paredes Enfeitadas com a palavra solidão Sentindo no ar o cheiro da dor Tal qual a rosa que nuncanse abriu Igual à nuvem que nunca chorou E que nunca choveu Aqui estou igual à um veleiro Que nunc partiu nem deixou o cais Que não se deixou levar pelas ondas Que me invadem o peito Que encasca a garganta E naufraga meus olhos Torturando o meu ser Sem devolver o que deveria ser se você estivesse aqui Aqui estou e bebo de mim A saudade amarga dos dias passados Dos carros parados Do quarto fechado E da ânsia da carne que me deixa ver Que aqui estou balançando no cais Procurando algo mais na penumbra do quarto Rasguei teu retrato, ergo um brinde à vida Que me ajuda a viver Sem você Sem você Aqui estou igual à um veleiro Que nunc partiu nem deixou o cais Que não se deixou levar pelas ondas Que me invadem o peito Que encasca a garganta E naufraga meus olhos Torturando o meu ser Sem devolver o que deveria ser se você estivesse aqui Aqui estou e bebo de mim A saudade amarga dos dias passados Dos carros parados Do quarto fechado E da ânsia da carne que me deixa ver Que aqui estou balançando no cais Procurando algo mais na penumbra do quarto Rasguei teu retrato, ergo um brinde à vida Que me ajuda a viver, sem você Sem você Sem você