Um povo existe Inconsciente e triste Perdido entre as serras Na mais profunda miséria Seu sustento é o leite das cabras Suas vestes são peles de cabras Seu teto é um casebre pobre Seu nome é cabreiro Cabreiro de cabra Cabreiro das serras Das terras cabreiras Das cabras ligeiras Do Sol sempre quente Do solo inclemente Cansado esperou E agora ganhou Afonso, que fala De Deus e do amor E o povo cabreiro Então ciente e não triste Achou por entre as serras Não mais a sua miséria Mas alento até entre as cabras Pois que tudo agora lhe fala O Deus que amou tanto o pobre Ama também o cabreiro