Gira a coroa aguerrida Desfila a nobreza decadente Dos usurpadores da pureza Roedores dos valores dessa gente Murcham as flores no ramalhete O tapete esconde a sujeira Brilha a arrogância soberana E a soberba que emana Não acaba quarta-feira O povo sonha em vestir a sua fantasia É arte que habita o porão O bobo da corte que inventa a graça Comparsa da ilusão A força da plebe não falha Vence a batalha pra rainha má Fogos, banquetes, bailarinos Na mesa, destinos, cabeças vão rolar Segue o baile, a inocência se vai A máscara cai, mas não se explica Quero outra vez a paixão Sou união do parque curicica Reina a vaidade, reino da folia Entrega ao povo ou acaba a monarquia O dono eterno da festa sou eu Audaciosa alma de plebeu