Preto velho combatente Nosso herói e protetor Não deixe a nossa gente Sem a luz do seu amor Foi escravo resistente Igual cerne de aroeira Arrastado a corrente Trabalhou a vida inteira A ingratidão do patrão Fazia gemer de dor Mais do que o maior vergão Do chicote do feitor Preto velho combatente Nosso herói e protetor Não deixe a nossa gente Sem a luz do seu amor No tronco de correção Sofria sem reclamar Os filhos do seu patrão Sorrindo ajudou criar Deixou suor derramado Em cada palmo de chão Envelheceu calejado Pra enriquecer o patrão Preto velho combatente Nosso herói e protetor Não deixe a nossa gente Sem a luz do seu amor Sentindo a pluma da morte Turvando sua visão Deixou seu corpo sem sorte Pra cumprir nova missão Protege quem é mandado Da ingratidão de quem manda É por Deus abençoado Preto velho de Aruanda