As pancadas da vida sempre revido na rima Sigo sempre meus princípios mas não sigo doutrina alguns momentos guardei, outros joguei na latrina Juntamente com as merdas que fiz e uma pá de cal por cima Se essa é minha sina, eu não sei A letra já foi dada, mas eu não decorei Nem contei, quantas almas gêmeas encontrei Quais e quantos foram os lemas que quebrei Quantas vezes caminhei rente a linha da loucura Quantos goles que tomei, de água e pinga pura Não quero que minha vida estampada numa pintura Seja um quadro abstrato sem moldura Na ruptura do passado com o futuro está o presente Então deixe de falar que fez e faça novamente Quem nunca fez nada de errado Também se arrepende, será que você me entende? É tudo conseqüência do que fiz, do que faço O erro, o acerto A vitória e o fracasso Errar é humano, insistir é burrice Insistir novamente é idiotice Mas quem gosta de ouvir "eu te disse não disse?" Erra uma, duas, três e não desiste E põe a culpa no sistema O bode expiatório de quem não se movimenta Fala que tudo dá errado, mas nem ao menos tenta Fazer o que é certo e apenas se lamenta Só ganha quem arrisca, só erra quem tenta Pra saber o que é ruim, nem sempre se experimenta Que não sabe, não inventa. Improvisa, mas aviso, se não agüenta... não vai Se o castelo é de areia, um dia a casa cai E você vai de embalo E não adianta chorar leite derramado Que não ouve conselho, ouve coitado É tudo conseqüência do que fiz, do que faço O erro, o acerto A vitória e o fracasso