Como o mar, morena, Como o mar. Tenho nos braços O compasso De meu balanço Pra te embalar, E vais divagando No movimento de minhas vagas Bem devagar. Mas não é sempre assim: Vezes passa por mim um vento bravo Ou necessito tanto um desagravo Que viro vaca! E minha calma ressaca. Mas conta comigo, morena, Se te sentires pequena E contas com nada, Quando estiveres em plena Canoa furada. Te levarei a deriva, Mas viva, Até que um porto aconteça.