Morte é uma prensa Não adianta crença E por mais que se vença Não se vai ganhar Tempo é uma pressa Que não interessa Que modo se meça Não vai terminar Morte é cortante Passa de repente Corta a gente rente Sem mesmo avisar Tempo é fogueira Queima a vida inteira Deixa só poeira Pro vento soprar Morte é uma sina Que nos desatina E não tem vacina Que possa sanar Tempo não cessa Passa, assanha, estressa E não tem nem essa De querer parar Morte é o final Mas acho normal Fulano de tal Crer continuar Tempo é este agora Ou a qualquer hora Deus, nossa senhora Onde isso vai dar? Morte é o limite Do tempo de um homem durar Tempo é o caminho Da morte chegar Morte é uma prensa Tempo é uma pressa A gente vai nessa Até se acabar!