Um homem, uma mulher Por que não dois pombos Duas formigas, dois dromedários Ou pedaços de árvore Trocando raízes? Por que nossa histórias Será esquecida E não a da Virgem Maria? Por que os profetas Escrevem palavras Na mais dura pedra E pra nós só silêncio? Eu sou o profeta Do cume das tuas coxas Gravo no vento O desenho delas Que sirva de lei Aos eleitos