O guia turístico da planície vai dizendo pro povo que o acompanha: ”E agora o momento mais importante dessa nossa viagem” Estão vendo no meio da planície aquela árvore? Frondosa, gigantesca? Sozinha na planície? É a Árvore Maçon Também conhecida como Esfinge Vegetal Está ali há milhões de anos Cercada de lendas Envolta em pesquisas Cercada por fantasias Preenchida por teorias” Árvore Maçon Uma árvore que me olha É uma árvore que tem olhos E que se descreve Como eu a descreveria É assim que eu descrevo Uma árvore que tem olhos E o guia turístico vai dizendo: ” Uma das lendas diz que ela é a tal Árvore da Vida bíblica” “Ou talvez a Árvore do Conhecimento” “Do Bem e do Mal” “Outra lenda mais científica diz que ela talvez seja um monumento” “Uma nave monumento dos primórdios da habitação terrestre” “Por seres desconhecidos, bacteriológicos, mutantes” “Os verdadeiros primeiros fecundadores habitantes do planeta” “Portanto, talvez suas raízes cheguem até o magma” “Portanto seus galhos talvez sejam antenas” “Suas folhas pequenas naves, pequenos drones” “E seu tronco, seu caule, uma blindagem desconhecida” Uma árvore que me olha (Árvore Maçon) É uma árvore que tem olhos E que se descreve como eu a descreveria É assim que eu descrevo Uma árvore que tem olhos Pois dizem que certas horas do dia e principalmente à noite Podem se ver olhos no seu tronco, nos seus galhos Árvore Maçon Talvez uma bruxa disfarçada Esfinge vegetal As nervuras na paisagem dos nossos olhos parecem raízes Raízes vermelhas De quando avistamos a primeira árvore Talvez essa seja a primeira das arvores Árvore da Vida Árvore do Conhecimento Árvore do Bem Árvore do Mal Esfinge Vegetal Uma árvore que me olha É uma árvore que tem olhos E que se descreve Como eu a descreveria É assim que eu descrevo Uma árvore que tem olhos