É uma figura bem simples Que a meia-lua estampa E fez-se brasão de campo Pra tanta gente na pampa Moldando ferros de marca Queimando o couro do gado E assinalando com mossas Os pampa recém chegado É a forma exata que tem Um Maidana, bem no centro Que, conforme as precisão O índio lhe molda o feltro Copa alta ou copa baixa Depende sempre da carga Se dum jeito aquenta menos Do outro, não junta água É o ferro que chama a sorte Depois que saiu dos cascos Posto de um lado, de outro De pé ou de borco no espaço Quem tem fé não facilita Põe sempre de um mesmo lado Mas pra quem pouco se importa Dá sempre o mesmo recado É a melhor sombra do pago Não há quem prove o contrário Que até o sol pelos dezembros Perde de luz nesse páreo Só um mormaço de ar parado Tira a figueira dos plano Mas quando sopra um ventito Garante a sesta um paisano É o naipe escuro que enfeita Doze cartas de um baralho E sempre que vem na mão Faz o índio passar trabalho Pois tão grande é a peladura Que até Deus puxa pra baixo Mas por ter forma de taça Faz ligar sempre o borracho É o velho lugar que ocupo Na ocasião de um bailezito Cuidando a volta da sala Golpeando um trago solito Por ali acho a coragem E amacio o coração Pra empurrá pata na sala Bailando este milongão!