Num trote manso, que quase nem ringe o basto Floreando as patas no pasto, navego neste tordilho E no lombilho, governo os meus pensamentos Neste pingo aos quatro ventos me sinto como um caudilho Tenho um tostado, de toda lida campeira Contrabando da fronteira que se perdeu dos paysanos É um tirano, pra pechar boi campo afora E sem bolir as esporas encosta num sobreano Meu gateado que traz na testa um luzeiro Sabe as manhas de um campeiro, num pelado de rodeio Doce de freio, e um galardão para apartes Talhado como uma arte pras lidas do pastoreio Um mouro negro, que toda china se encanta Com um trono de anca, pra carregar uma dona Ruste a carona, num trote macho muy ancho Que fareja baile de rancho pra campea uma querendona Mas meu baio ruano, destaque desta quadrilha Florão de uma tropilha, luzindo igual a boieira Sobre a cedeira, apresilho minhas ansias Para encurtar as distancias nos domingos da fronteira Sao estes fletes, cavalos da minha encilha De andaranguear na coxilha, descendo rumo nos pastos Sobre meu basto, levo destino campeiro E o pingo de parceiro no ermo do campo vasto