Quando eu nasci a lua cheia caluniava Aqueles campos na volta do corredor E a matungada relinchava e corcoviava Anunciavam que nascia um domador Eu sempre fui um índio quebra meu parceiro Pra potro e chinocas eu nunca dei regalias Calço de espora e dou de pau pelas orelhas E se me aquera eu faço perdere a mania Calço as esporas e saio arrastando no chão Eu faço isso só pra assustar a matungada Na mão direita eu levo um rabo de tatu Só pro sovéu que é pra minar uma gineteada Vai se arrastando e dando um bufaço de brabo Já me pus cravo só pra ver se corcoveia Quando senti meto serviço pra que mango Dando um laçasso bem no meio das orelhas Lá na minha terra a indiada já me conhece Aonde eu chego ninguém mais da pataquadas Vou no rodeio fazer chacota com as prendas Munta a cavalo e dale pau na matungada