Puxa o fole sanfoneiro é São João Da batida da zabumba ao meu baião Seja o que Deus quiser Com meu Leão carrego a minha fé! Eu perguntei a Deus em meu lamento Quanto sofrimento vive o povo lá do sertão Seca danada que castiga a minha terra Onde cada rio encerra, só me resta a solidão Sou nordestino, arretado feito carcará Em minhas mãos eu vi a flor desabrochar Da noite que semeia fartura Do chão rachado, dor sem cura Meu Deus do céu, pai Faz essa chuva irrigar meu amanhã Quando chega a invernada é tempo de sonhar Cabra macho por Maria foi se apaixonar Na garra do sertanejo A força que vem do nome É tempo de festejar É tempo de não ter fome No esplendor de um novo dia Eu sinto o aroma do café Foi graças ao meu Padim ciço Que a lida hoje vai dar pé De noite vou dançar quadrilha Xote, xaxado com meu xodó Mandacaru traz alegria Hoje meu samba vai virar forró