Rodrigo Santos

Pão-duro

Rodrigo Santos


Chegou o Pão-Duro
Sempre tira uma casquinha
Tem medo de perder tudo
E economiza gota de latinha...

Ele agora divide seu tempo
Que não consegue gastar
Entre o que já possui
E o que ainda vai conquistar...

Ele vem de berço humilde
E hoje continua pobre
De espírito e de alma
De que adianta ser rico?
A vida para ele
Não é o bem, contra o mal
Ele prefere ter mais coisas
A ser um sujeito legal...

Pão-Duro!
Abre esse coração
Pão-Duro!
Se eu pudesse abrir
Esse coração!
Pão-Duro!
Abre esse coração
Pão-Duro!
Se eu tivesse um machado
Abriria o seu coração...

Chegou o Pão-Duro
Sempre tira uma casquinha
Tem medo de perder tudo
E economiza gota de latinha...

O dinheiro no cofre
É prá onde vai seu carinho
Um dia é hipócrita
No outro dia é mesquinho...

Ele vem de berço humilde
E hoje continua pobre
De espírito e de alma
De que adianta ser rico?
A vida para ele
Não é o bem, contra o mal
Ele prefere ter mais coisas
A ser um sujeito legal...

Pão-Duro!
Abre esse coração
Pão-Duro!
Se eu pudesse abrir
Esse coração!
Pão-Duro!
Abre esse coração
Pão-Duro!
Se eu tivesse um machado
Abriria o seu coração...

Pão-Duro!
Abre esse coração
Pão-Duro!
Se eu pudesse abrir
Esse coração!
Pão-Duro!
Abre esse coração
Pão-Duro!
Se eu pudesse arregava
O seu coração...

Pão-Duro!
(Abre a carteira)
Pão-Duro!
(Volta prá família)
Pão-Duro!
(Pr'os seus filhos, os amigos)
Pão-Duro!
Abriria o seu coração
Mesquinho! Falido! Pequeno!
Merreca! Merreca! Pão-Duro!