E na linha do seu tempo Por entre as fibras secas Onde seus olhos vagavam no seu momento E na linha do seu tempo Quantos nós você encontrou? Quantos de nós com ferimentos? Não pense em nada no momento Desprenda-me da linha do tempo Não pense em nada no momento Desprenda-me da linha do tempo No ponto onde a linha é fraca As origens da dor Cegam, contorcem e quebram espadas Que no rio estão ancoradas Nas fronteiras das cabeças Prende as lembranças como arame farpado Não pense em nada no momento Desprenda-me da linha do tempo E na linha do seu tempo Palavras pelas chamas O lenhador as alimenta como um experimento Você encara a extremidade Repara ao fundo: não há saída O que fazer é vagar pela eternidade Não pense em nada no momento Desprenda-me da linha do tempo