Parei na frente de um bar Com mesinhas na calçada E deixei o som ligado E pedi uma gelada Deixei tocando um acervo Só de moda selecionada Zico e Zeca, Liu é Léu, Pedro Bento e Zé da Estrada Outras duplas pioneiras Modão raiz cabeceira De canções apaixonadas Quando tocou Tião Carreiro Chamei o garçom ligeiro Me traz outra caprichada Tocou modão com Zé Rico E do Ronaldo Viola Dino Franco e Mouraí Exaltando a fauna e a flora Modão do Parada Dura Não pode ficar de fora Belmonte e Amaraí Até esqueci da hora Matogrosso e Mathias Tem moda que arrepia Tem homem bruto que chora Num chamamé do Chitão Chamei de novo o garçom Manda outra sem demora Tocou o Boi Soberano Depois a Velha Porteira Do poeta Zé Fortuna Avenida Boiadeira Do José Caetano Erba, Carreirinho e Teddy Vieira Tocou lindas melodias Poesias verdadeiras Uma canção do Goiá Não consegui segurar Meu pranto virou goteira Prá conter a emoção Chamei de novo o garçom E pedi a saideira Entre uma moda e outra Fui chegando a conclusão Que o poeta sertanejo Esbanja inspiração Falando da natureza, do caboclo e do sertão Eterniza suas sogras Sem nenhuma pretensão Com ar de simplicidade Mistura amor e saudade E transforma em canção Sem perder a identidade Sem prazo de validade Modão é sempre modão