Sai por aí vagando no mundo Pisando com a ponta dos pés Dentro dar arte Se faz persona Sendo menina ou mulher Recitando poemas que compôs Enquanto atuava em seu sagrado Ela é o que quiser Lápis de cores Grafite em flores Em sua mão angelical Voz tremulando harmonizando Com o habitat natural O mundo inteiro nas mãos de uma atriz Num porão de uma casa que ela arquitetou Ela é o que quiser Bailando ingressa em seu navio que Pintara num quarto com mais de mil Devéras aquarelas e muitas telas do brasil Ela é o que nunca se viu Cantando e espantando o vazio Do mundo cujo amor se esvaiu Líricamente ou malandramente Fotógrafa o coração Com cabelo trançado, preso ou armado Faz sua revelação Através da lente da compreensão De uma vida vivida em todas as versões Ela é o que quiser Existência que protagoniza A quebra de um paradigma Que prega que a bela é aquela moça contida Ela é o que nunca se viu Cantando e espantando o vazio Do mundo cujo amor se esvaiu Ela é o que quiser