Coação no caos, angústia invade a sala Classe, a cor e o bairro, vida cai no barro endereça a bala Freada brusca sua chegada assusta minha vida atrasa Pra você área de risco mas é a rua da minha casa E que eu saiba ninguém aqui há de te convidar Olha as criança na rua se situa não é modo de entrar Vai te quem tá, na de apoiar, vem aqui comprar beck Enfia no cu sua selfie papai bate se ele descolar Realidade oposta a mídia gosta sua integridade Tosta visto o tanto de bosta que eles vão plantar É seu estilo eu conheço bem, manjo, demônio atrasa lado cortando asas de anjo E desde o tempo de Tata é assim Sempre vai sobrar no fim Sede de luta trás protesto como um gancho Inimizade e o foco fica todo aqui na gente Laboratório de monstro conduzido por quem mente Interessados que o circo pegue fogo e nem sobre a lona Põe sigilo tá tranquilo e o real não vem a tona Ficou fácil governar São Paulo meu dedo médio em riste Cê num sabe o que se passa aqui não dá palpite La na favela noite dia dia e noite Pobre foge do açoite Da polícia militar Vamo pra casa É dada a hora da marcha Mais um corpo achado se perde mais uma bala perdida se acha Pois lá no morro pra morrer tem hora certa Deixa que a mídia encoberta Ninguém vai saber de nada Que Amarildo, preto pobre trabalhador Morreu na mão da PM na boca do governador Ouviu-se um choro em Ramá Após uma Invenção de de brancos Que brincam de Deus e promovem prantos Sangue em quatro cantos Proteção à coroa, guardiões do ouro, demarcando terra canhão berra Mãe se entrega ao choro Prossegue a expiação com sangue de outro bode Nas escuras podem eles tudo podem Ecos do gabinete de um almofadinha De onde vem as ordens de onde vem as ordens s Upostos empregados não protegem pobres Servem só um dos lados baba ovo dos nobres Inocentes morrem A guerra perpétua se estica Enquanto as drogas correm Enquanto as drogas correm Vai protesta pra que Reivindicar pra quem Se quem tem que te protege R tá a serviço de outro alguém Que só quer te fuder arma o motim pra te prender E só sobra pra você que cata lata pra sobreviver Mais um preto preso O branco sai ileso O flagrante forjado contraditório O depoimento dos robô fardado Onde montam sua própria história Com duende encantado Onde pinho Sol é arma pro juiz comprado La na favela noite dia dia e noite Pobre foge do açoite Da polícia militar Vamo pra casa É dada a hora da marcha Mais um corpo achado se perde mais uma bala perdida se acha Pois lá no morro pra morrer tem hora certa Deixa que a mídia encoberta Ninguém vai saber de nada Que Amarildo, preto pobre trabalhador Morreu na mão da PM na boca do governador