Mãos abertas mãos de dar As minha mãos são assim Viste-as abertas chegar E abertas hão-de ficar Quando tu morreres em mim Ao partir não levarei Nada mais do que ao chegar Minhas mãos, quando tas dei Vinham abertas e sei Que abertas hão-de ficar Nunca as juntei para rezar Nem nunca as ergui aos céus Minhas mãos, são mãos de dar Não sabem querer nem esperar Nem sequer dizer adeus Ao partir não levarei Nada teu, partindo em mim De mãos abertas irei Passado nunca o terei As minhas mãos são assim