Amanheceu no samba, cinco da manhã No meio do terreiro ao som do violão O povo resistia, suíngue nas veias O ritmo no peito vira marcação Amanheceu no samba, galo anunciou Que já é fevereiro, plena estação Quem não mostrou no pé até amanhecer Ladeira dos aflitos pedindo perdão Pra velha guarda do samba Pra malandragem do samba O samba continua, rompe a luz do dia Na ginga do passista, na evolução No corpo da menina que se revolteia Nas ruas e avenidas feito procissão Morena entrou no samba, vestido vermelho Na fome do olhar busquei inspiração Pra completar meus versos canto a alegria De todo brasileiro Viva o carnaval E a velha guarda do samba E a malandragem do samba E a velha guarda do samba