Flutuo nua sobre a rua, prateada pela Lua Enquanto a cidade ainda dorme Dama da noite que me inspira, a gardênia é que me guia Lírio do brejo não permite um pensamento Paro em uma esquina, que me aponta um vagalume É aqui que eu vou ficar Fito a falsa coral, a coruja que me espia E me assusto com uma moita à balançar Nesse ambiente de magia Deixo a Kundalini, energia à trabalhar Uma cigarra me consola, de repente o galo canta É a hora d'eu ir embora pra não ver o Sol raiar Já em casa, deitado eu reflito Esses momentos andarilhos, são difíceis de explicar É meu bicho que exige Na sexta-feira ele quer passear