Antigamente quando Maria fumaça Fazia praça nesse meu sertão Comendo lenha e vomitando fumaça E o céu cuspindo brasa feito um vulcão Nas espirais daqueles tufos de fumaça Meus sonhos se exilavam pra outras regiões Balbuciando coisas que eu não entendia E a noite consumia a minha solidão Tinha os olhos sediados no espaço Atropelando vultos da imaginação E a Lua acesa vasculhando a noite Atiçando açoites na minha paixão