Certas cenas que eu vivi não merecem replay Elas se prendem na memória, não querem sair fora E se a minha demora, enlouquece o DJ You got to take it easy boy Eu me amarrei no Delay Com sorte eu passo a mala pra longe de mim (Deus me livre da bala) O forte é aquele que separa o bom do que é ruim (O homem tolo se cala) Transforma em cristão o ateu Pelo livramento que me deu Se não tem humildade de nada valeu O meu discurso podia ser mais nervoso, tipo cão raivoso Com sorriso branco de dentes espuma Até aí tudo normal, só não ia ser original Existem mil maneiras de fazer o seu, invente uma Eu podia até fazer uma cara de mauzão de arma na mão Idolatrar ladrão, pois isso vende Mas eu preferi ser original, um cidadão cristão Liberto da prisão E só cantar pra quem me entende Seleto, sem código secreto Fazendo barulheira a noite inteira De um modo discreto Se é certo ou errado, a dúvida quem põe é o condenado Eu não sou Felipão, mas esse aí já tá cortado Eu fico vendo os caras que falam que sentam o dedo Quem é mais psico, ligando pra gravadora pra saber se tá vendendo Querendo ficar rico, pois da morte eles têm medo Eu não me identifico, ainda bem que acordei cedo Sentado de cima do monte, observo o crepúsculo Horizonte deitado, vento parado Eu não mexo um músculo Cansei do cansaço, pensamento no espaço Procurando pensar só no que eu faço Que rumo que eu traço Pra me tornar luz no escuro Fantasmas da vida antiga assombrando meu sono avisam Tem que ser forte pra não voltar Se tem energia, economiza A mão que alisa é a mesma que apedreja Disse Augusto dos Anjos, que em paz esteja Imaginação voa, se não tá boa, rasteja Bem mais leve Quando eu parei de cobrar o que tu me deve Se fui roubado Hoje, em paz, um obrigado serve Reconhecido, serviço prestado até na greve Correndo suado pra depois deitar descansado na neve Refrigera minha alma, eu não Leio o destino na palma da mão Senhor, guiai meus passos Firma meus pés descalços no chão A ilusão se materializa Certo de que somente quem precisa Dos perigos, do caminho Só quem é amigo avisa Rodox quem vos fala, depressa tira as crianças da sala Por causa da influência do som, toda noite um irmão a morte cala Quem é quem? Quem é do mal, do bem? O poder do som ou a força de 100 Meu filho, ou seu que escreveu, que leu A música é viva e a mensagem morreu Fique ciente de que isso deixa o movimento doente Promove a desgraça e a brincadeira de gringo sem um pingo de graça Vai causando estrago na frente Isso te deixa contente? Com sorte eu passo Trilha sonora de Bang-Bang Ideologia que derrama sangue A criança brincando com arma Fugindo armada na guerra de gangue Idéia errada que chove, não sabe usar o microfone Na TV se o filme incomoda, só muda o canal Mas não inventaram controle remoto pra vida real E se o inimigo se faz de invisível Acaba determinando a queda do nível Como Judas se vende por prata e vai trocando o bem pelo mal É uma tendência, os fatos ocorrem em sequência Maldade gruda como graxa no manto branco da inocência Incrível, e o mundo aceita, pois tudo que vende se respeita Mal sabe que a palavra dada, semente plantada, compromete a colheita