Quando olho no relógio São sempre as mesmas horas O tempo que nos afasta É o mesmo que nos aproxima A fé e a realidade, pontiagudas Sobrepõe-se de maneira pesada Os dias caem como uma chuva de tijolos As vezes olho para o céu Uma, duas, três horas Vejo cada uma delas passar Passam sem cerimônia Somente a dor Recusa-se a passar