Gira a coroa, traz gingado do morro Faz pra mostrar pra esse povo o que é raiz Sou quilombola, sou história de riqueza Dandara é a realeza Rufam os tambores de além mar Lembranças que jamais se apagara De um povo guerreiro desse chão Lutadores contra a escravidão Da senzala do senhor Lamento, pranto, muita dor Mas surge um refúgio no serrado alagoano Aonde a mais bela foi morar És flor mulher, a joia negra dos canaviais Filha do vento que sopra do ventre da mãe África Paixão do coração do rei zumbi A dama do quilombo do Brasil A liberdade nos sorriu Oyá, brava guerreira dandara Oyá, vem para ser coroada Nas cores do meu pavilhão bravura e coragem Um exemplo de igualdade Na ginga da capoeira na força da raça guerreira A luta se fez vencer, forjada na dor... Prevalecer Reflete nos dias de hoje com a força de um trovão Feministas de sangue nagô Resgatam seu nome das paginas Raiou Tua coroa da corte negra da história brasileira