As ondas Do mar são redondas Batem pra moer a pedra com a água E fica só Esse transtorno Revirado e morno Choro sem consolo E quero mais e mais e mais e mais O tapa dessa dor Teu rosto claro eu gosto Calmo é qualquer coisa de se ver E uma coisa não tem pena de um homem Fala, voz do abandono Eu sinto a falta Juntar minha tristeza outra vez À dádiva da praia do seu corpo Em onda, a onda, a onda, aonde Me afogar Saudade é de você Urgência é de você Nos trapos da esperança esse lençol Lençol pra nos cobrir No frio de partir Juntar sua beleza ao fim do fim A gata se despede Grata liberdade salta só Vai sobre a cidade o muro eu pulo O apuro é puro pó O meu apelo (é tão confuso) Faz esse novelo (sem querer) Revolto e embolado A rede, a trama, o fio, a seda, o nó do gozo Dessa dor A marca do seu beijo A tinta do seu gosto, a cicatriz Que falta no meu rosto Queima mais que ferro em brasa Eu fui marcado Nesse amor, o meu pecado Ouvir suas conversas por gostar E as pombas começaram a voar E logo a primavera veio em cheio Me roubar A falta é de você Urgência é de você Deixar cair o pano pra você O pano de cobrir O engano de ficar Entrar no labirinto por você As ondas Do mar são redondas No mar tão redondas São todas redondas