Almocreves e tropeiros, viajantes sem bandeiras Faziam pousos certeiros nas terras das capoeiras Era coisa do destino, era coisa passageira Mas com esse vai e vem se tornou logo uma feira É a feira livre que chegou para ficar Mesmo que a gente mude ela nunca vai mudar É a feira livre que chegou para ficar Mesmo que a gente mude ela nunca vai mudar Lá pelo ano de dois já estava começada Em meio ao tanger dos bois uma feirinha organizada Em baixo de uma árvore o produto era estocado E um quarto de novilho no seu galho pendurado É a feira livre que chegou para ficar Mesmo que a gente mude ela nunca vai mudar É a feira livre que chegou para ficar Mesmo que a gente mude ela nunca vai mudar Com o Ramo evoluindo alguém começou pensar O progresso já vem vindo uma bodega eu vou botar O comércio pioneiro o povo prestigiou Seu pensamento deu certo e a venda aumentou É a feira livre que chegou para ficar Mesmo que a gente mude ela nunca vai mudar É a feira livre que chegou para ficar Mesmo que a gente mude ela nunca vai mudar Na prateleira aguardente rabisco de relho e fumo Ponteira de boa patente barata que só estrume No balcão botava o sal, mas tinha dele um cuidado Vendia só na semana pois no sábado era pecado É a feira livre que chegou para ficar Mesmo que a gente mude ela nunca vai mudar É a feira livre que chegou para ficar Mesmo que a gente mude ela nunca vai mudar O progresso já chegou, agora já tem de tudo A cidade aumentou e o comércio é graúdo Tem mercado açougue e banco e supermercado também Mas pra encher a cidade só a feira livre tem É a feira livre que chegou para ficar Mesmo que a gente mude ela nunca vai mudar É a feira livre que chegou para ficar Mesmo que a gente mude ela nunca vai mudar