A tristeza amargava A vida da pobre Luzia E a apatia aumentava E a esperança era vaga, escorria A lembrança rondava As suas noites de insônia E ela então levantava De sua cama e abraçava a ventania Dançava com vento Da dor se despia Deitava no frio do cimento E o quintal era o leito Que amor, que magia. Que louca alegria Sonhava Luzia E se desfazia E se derretia ao calor do vento. Ninguém compreendia A louca Luzia Que no pensamento Inventava um jeito De arrancar do peito aquela agonia.